Resenha #74: A Seleção

Nome: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte

Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.

Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

Resenha:

Olá, pessoas! É o Lucas de novo (sei que estou devendo uma resenha, mas eu tinha que fazer uma desse livro aqui). Trago esta resenha a vocês, agora do primeiro volume da Trilogia A Seleção chamado... A Seleção.

A história fala de um futuro após a Terceira (?) e Quarta Guerra Mundial (?!) onde um jovem país luta para manter-se firme. Esse país, outrora EUA e Estados Americanos da China, se chama Illéa. Por alguma razão não justificada, o país vive em uma monarquia, ou seja, rei, Kate Middleton e rainha. Não se sabe há quanto tempo o país é assim, mas é. A nação de Illéa é dividida em castas (oi, Índia! Como vai você?) sendo Um, a realeza e Oito, o fundo do poço. America Singer é da casta Cinco, ou seja, uma artista (porque? Não sei, e também não é explicado). Apaixonada por Aspen, um garoto da casta Seis, sua chance de mudar de vida surge quando ela é convidada à participar da Seleção, uma espécie de competição entre trinta e cinco garotas para se casar com o príncipe e se tornar o que muitas garotas sonham: ser uma princesa. O problema é que America não quer se casar com o príncipe, muito menos ser uma princesa.

Li este livro em menos de duas horas e vou me explicar: 

1. Porquê o livro realmente é curto (só 360 páginas!)

2. É uma fanfic de "Jogos Vorazes".

Sério. Chega a ser gritante a semelhança. É simples: tire os nomes, todos eles, e mude-os completamente. Altere o visual, numa tentativa de tentar deixar tudo diferente (e sim, usei desse pleonasmo de propósito) Depois, transforme o presidente Snow em um cara legal e rei (!) e dê a ele uma esposa (???) e faça com que o Peeta seja seu filho (WHAT THE...). Depois, dê mais quatro irmãos à Katniss e a rebatize de America (porquê será?). Depois, faça com que ela fique louca de amor pelo Gale, ops, Aspen, com os hormônios fogosos doida para fornicar com ele (sim, eu também quis usar essa palavra "fornicar" de propósito). A seguir, tire a luta por sobrevivência e meta uma luta por uma coroa (daí o slogan da capa). Coloque todos os personagens de "Jogos Vorazes" mas mude-os o suficiente para deixá-los relativamente irreconhecíveis para o livro não ser acusado de plágio, mas familiares o suficiente para se saber quem é quem (até os Carreiristas estão! O_O). Remova toda e qualquer ação e aumente 200000 vezes +1 o romance e misture com uma pitada de Cinderela. Você chegou em "A Seleção".

Não que o livro seja ruim. De fato, não é. O problema é que é um livro muito feminino. Específico. Para quem gosta de romance, muito romance, MUITO ROMANCE, é um livro perfeito. É até legal, mas chega uma hora que incomoda tanto romance. Tem um mistério sobre o passado e um clima de conspiração política interessante, além de uma minúscula subtrama envolvendo rebelião mais empolgante que toda a competição das tais trinta e cinco garotas, mas a autora ignora isso em favor do romance. Sem falar dos múltiplos clichês e do final conveniente. Nem o cliffhanger chega a ser emocionante o suficiente.

O livro é o primeiro de uma trilogia, e o segundo já foi publicado (eu acho) aqui no Brasil e se chama "A Elite" (quem já leu vai entender porquê). Se lerei, lerei por curiosidade e não porquê o livro é fenomenal ou espetacular. Uma boa leitura, porém não tão boa assim.

Como meu amigo Bruno já disse, esta é só minha humilde opinião.

NOTA: 3,5 Estrelas