Resenha #68: Eu, Meu Pai e os Meus Outros Amores

Eu, meu pai e os meus outros amoresNome: Eu, Meu Pai e Meus Outros Amores
Autora: Lilian Reis
Editora: Novo Século

Eu, meu pai e os meus outros amores... Há coisas na vida que acontecem e a pessoa se revolta, fica com raiva de tudo e de todos, contudo, Jade teve que aprender da maneira mais dura, que o mundinho no qual ela vivia era fútil, uma imensa bola cheia de nada. Para Jade, tudo que importava era sua mãe, padrasto e amiga. O pai era um sonho inalcançável, uma figura por quem Jade nutria “sentimentos incompreensíveis”. Ela acreditava que aquela vida de badalações, academia de dança, luais, e festas eram tudo de bom, e para o qual valia a pena viver. O resto era descartável. Entretanto, Jade fora inserida “contra sua vontade”, em outro mundo. Um lugar completamente sem valor para ela. As pessoas pouco lhe interessavam e tampouco ela acreditava que eles se interessassem por ela. Para ela, uma garota da cidade grande, o que importava eram as coisas que ela podia fazer e a maneira como se divertia, e amava apenas essas pessoas que eram seu ”tudo”... Uma história cheia de emoções, conflitos, dúvidas e descobertas, que tem um enredo gostoso, uma linguagem jovem e engraçada. Prepare-se para conhecer o outro lado do mundo de Jade. Uma adolescente quase adulta, que se mostrou rebelde e marrenta. Será que Jade aprenderá com seus erros a ser uma pessoa melhor? O livro aborda vários temas importantes, dentre eles a primeira transa, a amizade, e os sentimentos de um modo geral. Contudo, a abordagem principal é o amor de Jade por seu pai. Um homem do interior, que conviveu com sua filha apenas nos primeiros anos de vida, mas que a marcou muito. Para ela, o pai foi seu herói, aquele que a acudia dos pesadelos e dos seus medos. Todavia, a imagem deixada por ele apagou-se pelo fato de ele não ser um pai presente. A vida de Jade deu outra guinada após uma tragédia, que a obrigou a viver outra realidade...

Resenha

Oi pessoal, tudo bem com vocês?

A resenha de hoje é do livro nacional Eu, meu pai, e os meus outros amores que foi enviado com muito carinho pela autora. Muito obrigado mesmo.

O livro conta a estória de Jade, que depois do acidente de carro no qual matou seu padrasto e sua mãe, teve que mudar do Rio de Janeiro para a fazenda de seu pai no interior de Minas Gerais. Ao chegar lá, se depara com um cenário completamente diferente do seu cotidiano. Com quase tudo verde, além de ter que encarar sua madrasta, que milagrosamente não é má, e seus dois filhos, Fred e Du.

A relação dela com os dois é completamente antagônica. Quando com o carinho/gentil Du são risos para cá e brincadeiras idiotas para lá, com o Fred Mau educado/grosso tudo é na base da porrada discussão. Todavia tem um motivo para isso. Ele guarda uma paixão secreta por ela desde que eram crianças, só que no princípio Jade pensa que ele é doido ou um psicótico que a ataca sem nenhum motivo aparente.

“ Queria estar com você cada milésimo de segundo, queria sentir seu perfume e tocar sua pele macia, queria tantas coisas, no entanto consigo apenas alguns poucos minutos e só assim, com você dormindo, embora mesmo sendo assim, tá valendo”

Uma coisa na qual me incomoda bastante em relação aos livros, são os personagens que choram muito. Mesmo a Jade tento motivos para ficar assim, não conheço ninguém que chore tanto na vida real. Não que isso tenha interferido no decorrer da estória, de jeito nenhum. Um ponto que me chamou bastante atenção foram as referências musicais, bandas como Black Eyed Pears, Miley Cyrus, Niclelback, Paula Fernandes, Evanescence entre outras. Não se esquecendo de meio capítulo sobre Vampire Diaries *.*

De um modo geral, o livro nos mostra que mesmo nos piores momentos de nossa vida, conseguimos não só aprender e sentir coisas novas como também a viver como se fosse o último dia. No caso da personagem, ela tenta resolver o grande problema que tem com o pai desde a infância, na qual era a ausência, percebendo também que todas as coisas que acontecem, são para algum propósito no futuro.


“Amores eternos

Eu acredito em amores eternos, daqueles que acompanham a gente pela vida inteira, como se tempo e amor se fundissem num só elemento, tornando-se imutáveis, indestrutíveis.

Eu acredito em amores eternos, daqueles que vão com você para qualquer lugar, não importando o quão distante você esteja, por que a pessoa amada reside em seu próprio coração.

Acredito em amores eternos e sublimes, capazes de reconsiderar tudo, com suavidade, ternura e perdão.Acredito, sim, em amores para toda a vida, e além da vida, pois seria um tipo de amor unido à própria alma, e sem alma a vida não tem razão...

Amores eternos existem sim, e superam qualquer coisa, mesmo quando ninguém mais acredita neles, eles continuam sempre à espreita, esperando apenas um olhar, um retorno, uma reconciliação.”


Nota: 4 Estrelas

OBS: Preciso saber o que aconteceu no final. Quem já leu vai entender.

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