Nome: Sábado à Noite
Autora: Babi Dewet
Editora: Generale
Nota: 4,5 Estrelas
Amanda é popular na escola e os amigos do seu amigo de
infância são considerados os ‘marotos’ do pedaço por desrespeitarem as regras.
Tudo ao seu redor acaba desmoronando quando um amor mal resolvido volta à tona
e a sua amizade é posta em prova. Se não bastasse, seu diretor resolve dar
bailes aos sábados e uma misteriosa banda mascarada foi convocada pra tocar.
Mas suas letras dizem tanto sobre ela… Afinal, quem são esses mascarados de
Sábado à Noite?
Essa é uma história complicada. Uma história sobre amor e
amizade. Uma história sobre jovens descobrindo seu papel no mundo. É o primeiro livro de uma trilogia cheia de amor - e música.
Resenha:
Olá, pessoas! Na resenha de hoje, cumprindo minhas obrigações com a Semana Temática, vou ter a resenha de um livro muito, mas muito legal (e brasileiro!) que tem como centro a música.
Amanda é aquela it girl popular de cidade pequena que, no passado, fora apaixonada pelo hoje renegado Daniel Marques. Ele é o melhor amigo de seu melhor amigo, Bruno, de quem anda meio afastada devido ao seu status social. Quando o diretor de seu colégio decide dar bailes nos sábados à noite, e uma misteriosa banda mascarada começa a cantar canções que tocam no fundo da alma de Amanda, a garota percebe que terá que encarar seu passado de frente se quiser encontrar o amor - e quem sabe, a si mesma.
Amo esses livros por diversas razões, seja pelas referências nerds que a autora insiste em colocar (e que são por sinal brilhantes) ou pelo fato de ser uma história realista, que realmente te convence do que está acontecendo, mesmo sendo em um livro.
Sem falar dos incríveis personagens, sejam eles hilários (Kevin é um dos personagens mais ácidos da literatura YA, sem mais) como Rafael, ou muitas vezes "tapa-na-cara" (a relação de Daniel com seus pais é emocionalmente dolorosa), como Carol e suas atitudes.
Daniel é um personagem também muito bem construído, e o modo como a narrativa se foca, não exclusivamente (ainda bem), mas principalmente, nele e em Amanda, é de dar parabéns a autora. E olha que "Sábado à Noite" era uma fanfic da banda McFly, provando que nem toda fanfic precisa apelar ou plagiar descaradamente outra saga para ser um sucesso (*cof cof* Cinquenta Tons *cof cof*).
Já Amanda, bem... ela é a personagem que eu menos gosto, mesmo ela sendo "a principal" (isso muda de figura no terceiro e último livro da série), porque eu achei ela, com o perdão da palavra, burra. Sim, ela fica fazendo "Hã?" praticamente o livro inteiro e isso me irritou um pouco, especialmente por ela ter potencial de ser alguém tão independente quando Katniss Everdeen. Porém, como esse é o primeiro livro de uma trilogia, muitas águas rolam depois do fim da história.
O final do livro é particularmente uma ousada mistura de previsível com surpreendente. Se por um lado ele termina de um jeito que estava na cara que ia terminar desde o primeiro capítulo, por outro lado ele também mostra que não é bem assim e que a história está longe de terminar. Não espere um romance ao estilo Nicholas Sparks: aqui, o Troy não fica necessariamente com a Gabriella.
As músicas do livro são bem escritas, e muitas delas podem ser ouvidas no site da autora. Elas são basicamente os sentimentos dos personagens definidos. Uma em particular, "A menina", pode muito bem ser usada para os românticos de plantão.
Enfim, não perca uma das melhores literaturas YA brasileiras que tive o prazer de ler. Garanto que não irá se arrepender.
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