[Crítica] Cinquenta Tons de Cinza (2015): propaganda demais. Conteúdo de menos



Nome Original: Fifty Shades of Grey
Ano: 2015
Duração: 2 horas e 5 minutos
Direção: Sam Taylor-Johnson
Frase que resume o filme: Eu sou perturbado de 50 formas diferentes.

Oi pessoal, tudo bem com vocês?

Hoje estou aqui para falar de um dos filmes mais esperados do ano: cinquenta Tons de Cinza. Com um roteiro muito melhor que o livro, com atores mais ou menos e uma duração demasiadamente longa para uma história não tão interessante, Cinquenta Tons de Cinza pode deixar muito gente com raiva por causa de seu final abrupto. O filme prometeu, prometeu e prometeu mais um pouco, mas não mostrou porque veio.

O filme conta a história de Anastasia Steele, uma jovem estudante de literatura que divide o apartamento com sua amiga. A partir da tarefa de fazer uma entrevista com o super bilionário Christian Gray, os dois se envolvem em um relacionamento conturbado, misterioso e diferente.
A roteirista fez mudanças muito boas na trama, como retirar a famosa “Deusa Interior” que não funcionaria muito bem no cinema. Entretanto, pecou ao “crepuscularizar” o filme, ou seja, deixou inúmeros traços que lembraram os filmes da Saga Crepúsculo. Um descuido? Uma homenagem? Hoje, no Globo Repórter.

Além disso, teve algo que me deixou muito intrigado. O FILME FOI ROMÂNTICO. Sim, isso mesmo. O filme usou e abusou do romance em todas as cenas, até nas que deveriam ser mais pesadas (Como colocar Crazy In Love no fundo). E falando nisso, muitas pessoas irão sair decepcionadas por causa das cenas de sexo que não foram explícitas como deram a entender pelos trailers, além da excessiva cronometragem em demostrar as relações sexuais. As cenas de masoquismo chegam a ser engraçadas e quase ridículas quando comparadas aos de Ninfomaníaca.


Os atores principais deveriam ter explorado mais as características básicas dos personagens, principalmente Jamie Dornan que não convenceu como Christian Grey. Foram substituídas praticamente todas as cenas em que ele demonstrava ser controlador e meio psicopata por cenas de um Christian mais romântico e carinhoso. Todavia, Dakota Johnson foi uma boa Anastasia. Com toda a sua transformação de pateta e boba para uma mulher sedutora, a atriz conseguiu emplacar e até colocar um tom meio cômico, favorecendo bastante o desenrolar.

Os próximos dois filmes já foram confirmados e Cinquenta Tons Mais Escuros tem previsão de lançamento para o ano que vem. Antes da estreia do primeiro filme, o diretor falou que seriam lançados duas versões: uma mais comportadas, que seria exibida na maioria dos cinemas, e uma mais explícita. Talvez o DVD venha com essas duas versões. Agora é só esperar.


PS: A trilha sonora do filme está muito boa.

Um comentário:

  1. Iai Bruno, beleza?

    Eu tinha certeza de que esse filme seria uma bosta. O pessoal fala que tenho preconceito, pois é erótico, mas é mentira. Existem eróticos de qualidade e esse, sem dúvida, não é um deles. Abraço!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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