Resenha #105: Maze Runner: Correr ou Morrer, do autor James Dashner

Nome: Série Maze Runner - Livro Um: Correr ou Morrer
Autor: James Dashner
Editora: Vergara e Riba
Nota: 4,5 Estrelas

Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.

Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.

Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr... correr muito.

Resenha:

Olá, pessoas! Lucas aqui. Aproveitando o meu último dia de férias (#notreadyyet), trago hoje para vocês a resenha do primeiro livro da série Maze Runner, chamado "Correr ou Morrer".

Imagine acordar dentro de um elevador gigante. Você não se lembra como foi parar ali, nem quem é. Não sabe o que está acontecendo. A única coisa que conhece é seu nome. É nessa situação que Thomas, o principal se encontra. Rapidamente, o elevador para e as portas se abrem. Logo, Thomas recebe a primeira enxurrada de informações: ele está em um lugar chamado Clareira. A cada 30 dias, um garoto surge ali, pelo mesmo elevador. Ao redor da Clareira, existem muros gigantescos. Depois, ele descobrirá que estes muros guardam as portas para um imenso Labirinto, cujos garotos que vivem ali acreditam que contém a saída para fora daquele lugar. Porém, Thomas logo vai perceber que sua presença ali é muito mais do que uma mera adição à Clareira. E que ele pode ser o responsável por salvar -ou condenar- a todos ali.

O livro já começa em um clima bem tenso, estabelecendo de cara que tudo aquilo não é normal. Na verdade, se existe uma palavra que descreva perfeitamente "Correr ou Morrer" seria esta: tensão. Um suspense que só vai se adensando, se tornando mais complexo do que aparenta, para depois se simplificar.

O protagonista é praticamente um representante da raça humana. Enquanto todos na Clareira, o lugar misterioso habitado por garotos, se revelam a princípio estereótipos, como o Líder, o Violento, o Pacifista, só para depois serem mais destrinchados e explorados pelo autor, Thomas consegue ser egoísta e altruísta, cruel e gentil, guerreiro e político, tudo ao mesmo tempo, fazendo com quem leia fique em dúvida se realmente gosta do protagonista ou não.

É difícil fazer uma resenha de Maze Runner sem citar os Verdugos. Não vou dizer a princípio o que eles significam, mas já antecipo que eles são uma das principais razões do título do livro aqui no Brasil ser "Correr ou Morrer".

Também não quero falar muito da tal garota citada na sinopse do livro. Mas também posso garantir que a presença dela não é sinal de um romance, e sim do contrário. Afinal, um dos grandes diferenciais de Maze Runner dentre outras séries (o livro começa como um survivor horror, mas no final acaba se tornando algo bem diferente) é a ausência de romance e o foco dos personagens na luta pela sobrevivência.

A escrita de James Dashner é muito boa. Ainda que ele exagere e tente dar uma de Stephen King nas cenas de ação e perseguição, o horror e suspense que ele consegue criar em muitas sequências são de dar calafrios, a exemplo de uma em um cemitério envolvendo arco e flecha. O jeito de ele combinar diversos temas de ficção científica (principalmente em relação a uma conexão entre a garota e Thomas) é bem original e interessante.

Com um final extremamente surpreendente, trágico e cheio de incertezas, Correr ou Morrer encerra com um cliffhanger de cair o queixo. Ainda que o "trágico" seja desnecessário para a trama (e também me deixou mal por um tempo), este primeiro livro cumpre seu papel de apresentar o mundo de Thomas para o leitor. Ótimo livro, recomendado.

OBS:

"Maze Runner" também vai virar filme. A adaptação cinematográfica chega em setembro.

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