Resenha #96: Inferno, do autor Dan Brown

Nome: Série Robert Langdon - Livro 4 - Inferno
Autor: Dan Brown
Editora: Arqueiro
Nota: 4 Estrelas (ia ser 3,5 Estrelas, mas seria exagero)
Compre: Saraiva - Submarino - Livraria Cultura

Neste fascinante thriller, Dan Brown retoma a mistura magistral de história, arte, códigos e símbolos que o consagrou em "O Código Da Vinci", "Anjos e Demônios" e "O Símbolo Perdido" e faz de Inferno sua aposta mais alta até o momento. No coração da Itália, Robert Langdon, o professor de Simbologia de Harvard, é arrastado para um mundo angustiante centrado numa das obras literárias mais duradouras e misteriosas da história: O Inferno, de Dante Alighieri. Quando se vê obrigado a fugir, ele conta apenas com a ajuda da jovem médica Sienna Brooks. De posse de um macabro objeto e em uma corrida contra o tempo, ele luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o leva para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo a Itália e outros lugares fantásticos, Robert terá que mergulhar numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído. Inferno é uma leitura eletrizante e um convite a pensarmos no papel da ciência no futuro da humanidade.

Resenha:

Olá, pessoas! Lucas aqui. Hoje a resenha é de um dos livros mais aguardados do ano (senão o mais), Inferno, de Dan Brown, a mais nova aventura de Robert Langdon.

Tudo começa quando Robert tem um pesadelo com uma mulher de cabelos prateados, rodeada de corpos humanos assustadores, que grita: Busca e encontrarás. Depois, ele acorda e ao perceber que está na Itália e não se lembrar como parou ali, tem um choque: não se recorda de nada das últimas 36 horas. Quando um atentado à sua vida ocorre dentro do hospital, ele foge com a ajuda da Dra. Sienna Brooks, uma jovem superdotada. Logo, vai perceber que está no centro de uma trama criada por uma mente brilhante, obcecada não só pelo fim do mundo como por uma das obras poéticas mais influentes já feitas: A Divina Comédia, de Dante Alighieri, mais especificamente a primeira parte, Inferno. E isso é só o começo.

Para começar, devem estar achando minha nota para este livro estranha. -Como assim, Lucas, você ia dar pra esse livro TRÊS ESTRELAS E MEIA? Você ficou louco? Depois deu SÓ QUATRO ESTRELAS? Vá se internar! Bem, meus caros, keep calm. Vou explicar o porquê da minha nota.

O início do livro é simplesmente viciante. É quase impossível parar de ler nas primeiras cem páginas. O ritmo é simplesmente acelerado ao extremo, quase surtado, e depois simplesmente... para. Simples. Eu me perguntei: Dan Brown realmente escreveu esse livro? Lembro-me até hoje da leitura de "O Símbolo Perdido", onde quase cada página me dava um arrepio na espinha. O que teria acontecido?

A resposta é bem simples: para quem já leu mais de um livro de Dan Brown que tenha o personagem Robert Langdon, tem a mesma fórmula: Robert é atraído para uma arapuca, orquestrada por um doido genial, perseguido por um assassino exótico (aqui neste livro, assassina), tem a ajuda de uma mulher muito bonita e inteligente, e tem que desvendar um segredo que envolve alguma antiguidade famosa e uma busca dentre esconderijos secretos por uma cidade igualmente famosa. E o grande defeito de Inferno é que nas primeiras cem páginas, Dan desconstrói a sua fórmula e simplesmente deixa os protagonistas em perigo constante, onde qualquer um deles pode morrer, para depois voltar a usar a mesma fórmula, quase copiando suas obras anteriores.

Sem falar das constantes "aulas" de Robert, onde algumas são interessantes e outras simplesmente chatas. É realmente necessário ao leitor saber como foram feitas portas gigantes? Ainda acho que "O Símbolo Perdido" foi o melhor livro que Dan já escreveu, pelo fato dele ter revelações constantes e o final mais OMG que eu já li (com exceção, é claro, de Em Chamas, Insurgente, O Resgate do TigreA Viagem do Tigre... melhor parar por aqui).

Apesar de parecer que estou acabando com o livro, vamos aos pontos bons (que são vários): Primeiro, os personagens são ótimos. Robert continua carismático, e apesar de estar meio desmemoriado, continua com sua mente sagaz (agora um pouco mais lenta, ela já tem cinquenta anos nesse livro), e as mulheres continuam a gostar dele. Sienna é um brilho à parte. Se fizerem um filme desse livro (o que não é difícil, este é o mais cinematográfico dos livros de Dan Brown), espero que Anne Hathaway, Jennifer Lawrence ou até mesmo Noomi Rapace sejam escaladas para o papel desta personagem tão profunda. Um olhar peculiar para o vilão, a dinâmica criada com ele é bem similar a aquela usada com Barry Fairbrother em Morte Súbita, de J. K. Rowling, sem mencionar a aura de múltiplas possibilidades ao redor dele: será mesmo suas intenções tão sombrias?

Segundo: o clima. Apesar dos defeitos, Inferno tem um clima de suspense que percorre todo o livro. Será que algo que vai acontecer? O que se esconde nas sombras?

O livro também tem um clima político e reflexivo sobre a questão de... melhor não falar. É melhor que se leia para se entender.Também tem uma reviravolta que ocorre na metade da história, que é bem legal e define bem o que se esperar do final do livro (apesar dos resultados imprevisíveis da conclusão de Inferno). Elogio também o trabalho da Editora Arqueiro com o livro, mantendo a mesma fonte dos anteriores.

Em resumo, Inferno não é o melhor trabalho de Dan Brown, mas sem dúvida é divertido e o mais bem humorado e reflexivo de todos.

2 comentários:

  1. Sua resenha foi muito clara e sua justificativa pela nota foi excelente vou ler esse livro com menos expectativa e mais apreensão valeu !!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )

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  2. Olá Bruno,
    tem uma tag para vc no meu blog, espero q goste. :D

    Abraços e boas leituras!

    http://amandatrindadepalavrasaovento.blogspot.com.br/

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