Resenha: A Maldição do Tigre

A Maldição do TigreNome: A Maldição do Tigre
Autor: Colleen Houck
Editora: Arqueiro

Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

Book Trailer

Olá novamente!Sou eu, o Lucas de novo, e hoje a resenha é sobre o livro “A Maldição do Tigre”. Surpresa. É o que pode descrever este livro. É raro eu me surpreender com uma história, mas acreditem se quiser, eu me surpreendi. O livro conta a história de Kelsey Hayes, uma adolescente que acabou de ficar órfã, depois de perder os pais em um acidente de carro.

Ela vai a uma daquelas filas de emprego, com o objetivo de custear sua faculdade e aceita um emprego para trabalhar em um circo. Lá, ela acaba por passar a cuidar de Ren, um misterioso tigre branco de olhos azuis, que compartilha da mesma melancolia que ela sente. Logo os dois se tornam amigos, mas o que ela não suspeita que seu Ren, na verdade, é um príncipe indiano amaldiçoado por um feiticeiro maligno, que foi transformado em tigre e só pode assumir a forma humana só por 24 minutos durante 24 horas, ou seja, um dia.  Entorpecida pelos encantos de Ren, ela se lança em uma busca para desvendar uma misteriosa profecia antiga e quebrar a maldição do príncipe, ao mesmo tempo em que luta contra um sentimento que, com o passar do tempo, aumenta cada vez mais.

Parece clichê, não? O que salva o livro do lugar comum é justamente aquilo em que ele é baseado: mitologia indiana. Depois de mitologias Greco-romana e egípcia terem sido exploradas significativamente (oi, tio Rick), “A Maldição do Tigre” é uma lufada de ar fresco no mundo literário. A cultura indiana é com certeza uma das mais ricas do mundo, e a autora, sem dúvida soube explorar isso muito bem.

Voltando ao livro, depois de um prólogo em terceira pessoa, e a estruturação de capítulos também em terceira pessoa, tomei um susto quando notei que o livro todo era em... primeira pessoa! COMO ASSIM? Como um título de capítulo pode ser O SONHO DE KELSEY e a própria está narrando tal sonho? Pensei até que fosse erro da tradução, mas consultei o livro em inglês e creio foi erro da autora mesmo, na minha opinião.

O ritmo do livro é bem cadenciado, começando sombrio, cheio de suspense e sangue no início para depois a história ir fluindo devagar até no momento em que Ren revela quem é, e então o livro vai aumentando o ritmo até os últimos dez capítulos finais, que são de tirar o fôlego, repletos de ação. Outro ponto positivo é a protagonista. Kelsey sabe que está apaixonada por Ren, mas esconde isso (ou tenta) com um jeito irônico e irreverente de agir e falar. Seus diálogos e discussões com Ren são na maioria hilários, com ele tentando seduzi-la, e ela o xingando das piores coisas possíveis. Melhor impossível. Ela também não é fraca, mas obviamente, não chega ao nível de uma Katniss Everdeen, ou de uma Annabeth Chase, e nem mesmo ao de uma Hermione Granger, mas dá pro gasto.

Não gostei muito do modo dela descrever Ren, transformando numa espécie de Taylor Lautner suado. Ela me lembrou DEMAIS a Srta. Bella Swan nesse quesito. Além do mais, em muitos quesitos, como o hábito de descrever TUDO. Felizmente, ela não é como a nossa “querida” senhora Crepúsculo, que compara uma luta de vida ou morte a uma “dança suave e veloz”. Ela descreve o que É, e pronto. Nada de rodeios ou metáforas. É ação e pronto. Tendo um personagem surpresa (que eu não vou revelar) e culminando com um final surpreendente e cheio de mistério, com um gostinho da continuação (melhor ainda), que se chama O Resgate do Tigre, A Maldição do Tigre prova que é possível ser original ao contar uma história de amor, por mais batida que ela seja. Recomendado!

2 comentários:

  1. Eu li esse livro e a Viagem do Tigre, são completamente fantástico, apesar da historia ser um clichê, o livro aborda vários termos da mitologia indiana e isso diferencia esse livro dos demais.

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  2. Olá,gostei bastante desse primeiro livro,apesar das besteiras da Kelsey e tudo mais,mas pretendo sim continuar a saga,que é muito boa..bjs

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