Resenha #121: Passarinho, da autora Crystal Chan

PassarinhoNome: Passarinho
Autor: Crystal Chan
Editora: Intrínseca
Nota: 3 Estrelas

O avô de Joia parou de falar no dia em que matou o irmão dela. O menino se chamava John, e achava que tinha asas. Subia e saltava do alto de qualquer coisa, até ganhar do avô o apelido de Passarinho. Joia não teve a chance de conhecê-lo, pois Passarinho se jogou do penhasco bem no dia em que ela nasceu. Ainda assim, por muito tempo ela viveu à sombra de suas asas. Agora, aos doze anos, Joia mora em uma casa tomada por silêncio e segredos. Os pais culpam o avô pela tragédia do passado, atribuem a ele a má sorte da família. Joia tem certeza de que nunca será tão amada quanto o irmão, até que ela conhece um garoto misterioso no alto de uma árvore. Um garoto que também se chama John. O avô está convencido de que esse novo amigo é um duppy — um espírito maldoso —, mas Joia sabe que isso não é verdade. E talvez em John esteja a chave para quebrar a maldição que recaiu sobre sua família desde que Passarinho morreu.

Resenha


Oi pessoal, tudo bem com vocês?

A resenha de hoje é do livro Passarinho, primeiro livro da autora Crystal Chan que, felizmente , não é uma série.

A história do livro conta a vida de Joia, uma menina de 12 anos que nasceu no mesmo dia em que seu irmão de 5 anos, John, mas conhecido como Passarinho, morreu depois de se jogar de um penhasco. Ao passar dos anos, sua família ainda enfrenta os traumas da perda. Seus pais a ignoram na maior parte do tempo, seu avô parou de falar e ainda precisa enfrentar os olhares estranhos dos vizinhos. Porém tudo parece melhorar quando ela conhece um novo amigo, John, que estranhamente possui o mesmo nome de seu falecido irmão.

Esse livro tinha tudo para dar certo. Ela misturou morte, criança e mistério, a fórmula certa para um grande sucesso, mas a autora se enrolou a partir do meio, tornando o livro uma grande bola de neve de confusão. Primeiro a autora colocou inúmeras referencias a cultura Jamaicana, misturando com espiritismo, catolicismo e protestantismo. Depois insistiu em ocorrências de fenômenos sobrenaturais e para completar, crianças de apenas 12 anos extremamente inteligentes, com problemas existenciais, perdendo um pouco da realidade.

Nem tudo são espinhos, pois ela ganhou pontos comigo quando decidiu não investir em um romance. Apenas uma amizade sincera e normal. Existem muitas cenas extremamente tristes, principalmente pelo início quando o leitor vai descobrindo cada vez mais os problemas dos personagens, mas cenas engraçadas também. O livro de certa forma é leve e com uma gota de suspense.

“Se a alegria não vai embora, então por que não sobrou nem um pouquinho para mim?”

Crystal Chan não é a pior escritora do mundo. Claro que não. Ela só não soube desenvolver de forma adequada tantas ideias incríveis. Como disse no início, foi o primeiro livro dela, então muita coisa pode vim e acabar me surpreendendo.


“Não sabia o que era pior, apunhalar alguém com silencio ou com palavras.”

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