Resenha #108: O Sangue do Olimpo, do autor Rick Riordan

Nome: O Sangue do Olimpo
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Nota: 5 Estrelas

CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES

No desfecho da série "Os Heróis do Olimpo", os tripulantes gregos e romanos do Argo II têm feito progresso em suas constantes missões, mas ainda não estão nem perto de vencer a sanguinária Mãe Terra, Gaia. Os gigantes estão de volta — mais fortes do que nunca —, e os semideuses precisam impedi-los antes da Festa de Spes, momento em que Gaia planeja despertar, derramando o sangue do Olimpo. Para piorar, visões frequentes da terrível batalha no Acampamento Meio-Sangue assombram os sete semideuses. A legião romana do Acampamento Júpiter, comandada por Octavian, está se aproximando das fronteiras do acampamento grego. Por mais que seja tentador usar a Atena Partenos como arma secreta contra os gigantes, eles sabem que a estátua é necessária em Long Island, onde talvez consiga impedir uma guerra entre os acampamentos. A Atena Partenos irá para o oeste, enquanto o Argo II segue para o leste. Os deuses, ainda sofrendo com a dupla personalidade, não podem ajudar. Como os jovens conseguirão vencer sozinhos um exército de gigantes? A viagem para Atenas é perigosa, mas não há outra opção. Elas já sacrificaram muito para chegar onde estão. E se Gaia despertar, será o fim.

Resenha:

Olá, pessoas! Lucas aqui para uma das minhas últimas resenhas (provavelmente minha última) antes do ENEM. Hoje a resenha é, sem dúvida, de um dos livros mais aguardados de 2014, "O Sangue do Olimpo", o volume final da série "Os Heróis do Olimpo".

Após meses de batalhas, perdas e sangue derramado, os Sete semideuses estão em sua jornada final, porém divididos. Enquanto Nico DiAngelo, Reyna e o Treinador Hedge levam a Atena Partenos de volta para o Acampamento Meio-Sangue, numa tentativa de evitar uma guerra entre os meio-sangues gregos e romanos, o restante da tripulação do Argo II parte na missão definitiva à Grécia, para deter os gigantes e impedir o despertar de Gaia. Porém, uma escolha definitiva se aproxima, e o preço dela poderá ser a vida de um deles - e o destino do mundo.

Pode parecer presunção dizer que este é o melhor livro que Rick Riordan já escreveu. Mas é. Todo o ritmo do livro, desde as piadas, as cenas de ação, os momentos dramáticos (e tem MUITOS momentos dramáticos), estão ali, em ordem. Um clima de tensão constante e um clima de guerra vindoura também se encaixam com o livro de um jeito que os anteriores "livros finais" do Tio Rick ("O Último Olimpiano", de "Percy Jackson & Os Olimpianos"; e "A Sombra da Serpente" de "As Crônicas dos Kane") não conseguiram criar.

Os personagens nunca foram tão bem construídos. Neste quinto livro, o Tio Rick enfim deixa de lado muito de seus vícios e deixa a todos devidamente heroicos, como deveria ser. Nesse ponto, temos dois dos maiores acertos: novas narrações, dessa vez de Reyna e (ENFIM, TIO RICK, ENFIM!) de Nico DiAngelo.

Nico merece um destaque. Nesse livro, o Tio Rick trata de lhe dar um posto de protagonista que lhe é digno desde a primeira série dos semideuses greco-romanos. Responsável pela maior, digamos, bomba do livro anterior, "A Casa de Hades", aqui temos um dos melhores personagens já criados para a literatura young adult. Mesmo com um lado sombrio, ver a evolução e a coragem de Nico firmam-no como um dos personagens mais queridos pelos fãs - algo extremamente merecido.

Os outros semideuses não ficam atrás. Percy e Annabeth, as estrelas do quarto livro, tem seu momento de brilho, assim como a lealdade e a magia de Frank e Hazel. Mas, numa decisão mais do que acertada, o foco é especial nos próprios novos semideuses que iniciaram a saga "Os Heróis do Olimpo": Jason, Piper, e Leo. O trio com que Rick Riordan trouxe de volta todo o mundo grego (e a agora, também romano) é sem dúvida um dos maiores destaques da obra.

Mas não é só isso. "O Sangue do Olimpo", é, além da conclusão de uma saga que, analisando como um todo, na verdade começou nos EUA lá em 2005 com "O Ladrão de Raios", uma gigante homenagem à toda a mitologia do mundo de Percy Jackson. Personagens, monstros, frases, locais: tudo é um grande "retorno ao lar", às raízes que fizeram muitos fãs ao redor do mundo se encantarem pela primeira vez com as aventuras de um jovem semideus. Tudo começou com Percy - mas também não significa que vá terminar com ele.

Alguns podem reclamar desse final (principalmente dos capítulos finais). Alguns podem dizer que Tio Rick poderia ser mais, digamos, realista. Para mim, cabe ao leitor decidir se este final foi feliz demais - ou sombrio demais. Seu coração talvez esteja despedaçado ao final deste livro. Mas, mesmo assim, talvez ainda exista um leve sinal de esperança.

Não sei se um dia as aventuras dos semideuses greco-romanos retornarão. Muitos dizem, devido ao final de "A Sombra da Serpente" e aos contos dos encontros dos Kane com algumas figuras familiares ao universo dos deuses gregos, que uma colisão entre mundos se aproxima. Ignorando os boatos, prefiro crer que este é, sim, o final para as aventuras no Olimpo.

E que final.

Obrigado, Tio Rick. Valeu a pena esperar. Obrigado por não me decepcionar.

PS: A Intrínseca tratou de traduzir o teaser da próxima série do Tio Rick. Só digo: estão prontos para irem à Asgard?

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