[Crítica] Guerra Mundial Z (2013): Nunca subestime o poder de um ator de Hollywood

Título Original: World War Z
Ano: 2013
Duração: 1 hora e 56 minutos
Direção: Marc Forster
Frase que resume o filme: Será Usain Bolt um zumbi?

Olá, pessoas! Lucas aqui. Hoje a nova postagem na coluna de filmes do blog é sobre o filme Guerra Mundial Z, baseado no livro de mesmo nome escrito por Max Brooks. Desculpem a demora, é que eu e o Bruno temos cursinho e olha que estamos de férias.

A história mostra um ex-agente da ONU, Gerry Lane (Brad Pitt) e a sua família quando subitamente o mundo é atingindo por uma pandemia zumbi. Enquanto a família de Gerry luta para sobreviver, ele é recrutado para viajar pelo mundo tentando encontrar a origem e, se possível, um modo de impedir o fim iminente da humanidade, mesmo que no caminho tenha que enfrentar e fugir de milhares, até mesmo milhões de mortos-vivos.

Primeiramente, vou esclarecer uma coisa: Guerra Mundial Z não é um filme ruim. Porém, ele também não é uma maravilha. Vamos começar pelo começo (português bom manda saudades).

O filme tem uma abertura bem interessante, ao som de The 2nd Law: Isolated System, da banda Muse (uma das minhas favoritas), que na verdade, é meio que toda a trilha sonora do filme resumida. A música dá o tom do filme e toda vez que ela toca, acontece uma desgraça. Depois, temos uma cena de família feliz e em menos de 30 segundos o filme dá uma alavancada vertiginosa. A câmera de Marc Forster é nervosa, e somos surpreendidos por milhares de zumbis capazes de usar suas cabeças para quebrar portas e janelas para... infectar seus usuários. Não vemos zumbis comendo gente (WTH, sim, essa foi minha reação). Temos uma sugestão disso, mas só uma sugestão.

O 3D ajuda nos muitos sustos, e na preocupação que sentimos com o personagem de Brad e sua família. Definitivamente, a primeira hora do filme é a melhor. É só corre, negada, lá vêm os zombi! O filme tem sequências de ação de tirar o fôlego, que são longas e que entre elas há um espaço de cinco a dez minutos de conversa. Porém, após uma determinada cena no avião, o ritmo do filme começa a ficar estranho, com a inserção no final de uma solução completamente louca e, acreditem se quiser, zumbis CÔMICOS.

O grande defeito do filme é justamente sua maior qualidade. Como na primeira parte do filme, não temos uma visão muito clara dos zumbis, só contando com nossa imaginação. É um início tenso, bem-executado e repleto de suspense, até mesmo com uma pequena crítica sobre o comportamento humano. Porém, a primeira coisa que se vem na cabeça quando se pensa em zumbis é sangue.

Esse filme não tem sangue.

Não estou brincando. Warm Bodies é mais sangrento que este filme. A Saga Crepúsculo é mais sangrenta (acreditem se quiser). Justamente naquilo em que os zumbis são famosos, aqui não tem.

Outro detalhe: os zumbis são rápidos. MUITO RÁPIDOS. Se eu praticasse atletismo, meu sonho de consumo seria virar zumbi. Meu Deus, eles não atacam as pessoas. Eles correm por quilômetros e depois saltam cinco metros para a frente e pulam em cima delas para... infectar. COMO ASSIM? Onde já se viu zumbi que não come carne humana?

Eu poderia apontar os defeitos e esta crítica não acabaria. Vamos aos pontos positivos: o 3D é bom. Os efeitos especiais são ótimos. A ideia do filme é boa. Os atores são bons. Só.

O roteiro, na tentativa de inovar, cai na sua própria armadilha, evitando a palavra "zumbi" e pegando uma abordagem séria, porém depois esquecendo-se e disso e até fazendo piada com os mortos-vivos.

O maior alicerce do filme é mesmo Brad Pitt. Ele dá vida ao seu personagem, que o roteiro não aprofunda e deixa quase em mistério no que ele trabalhava, sendo que quem vê só irá descobrir se tiver lido a sinopse. O ator mostra uma preocupação e um medo genuínos, e carrega muito do longa-metragem nas costas (sem falar de ele ser quase o profeta da destruição onde passa).

Em resumo, Guerra Mundial Z é o filme mais mediano do ano. Nem bom, nem ruim. Fica a critério de quem assistir.

NOTA: 3 Estrelas